Alunos do SESI Votorantim dançam ballet e provam que o amor pela dança não tem gênero nem idade
Por: Amanda Campos | Comunicação Regional SESI
02/06/202315:37- atualizado às 12:17 em 21/08/2023
No último mês de dezembro, tivemos a apresentação do Festival de Dança no SESI Votorantim, em que nossos alunos, muito bem ensaiados e coreografados, apresentaram seus talentos com o Ballet Clássico e Jazz, para o deleite de todos os familiares e amigos presentes.
Porém, uma cena, até então, inusitada chamou a atenção da plateia. Durante a apresentação de “O Qubra-Nozes” de Tchaikovsky, dois alunos muito confiantes de si e vestidos à caráter com um belíssimo sorriso no rosto entraram no palco, para surpresa e encanto de todos. Depois deste ato, também participaram de um número de jazz, em que tiraram de letra juntamente com as colegas bailarinas de turma.
Estes alunos em questão, são os melhores amigos e bailarinos de 9 anos Abel Feliciano Calderon Garcia e Arthur Pina Xavier Gonçalves, que há um ano e meio fazem parte das aulas de Ballet Clássico e Jazz, ministradas pela professora Beatriz Rodrigues no SESI Votorantim.
De acordo com a mamãe coruja de Abel, Daniele, o filho começou a participar das aulas de dança junto com a irmã de 7 anos. Por ser um jovem extremamente artístico, que ama dançar, cantar e interpretar, o garoto recebeu todo o apoio e orgulho de sua família, que o estimula a ter a imaginação e o senso criativo aguçado.
“Apesar de inicialmente ele ser o primeiro e único aluno, muitas vezes visto com estranheza por pais e curiosos, ele tratou com naturalidade a dança e isso incentivou seu melhor amigo Arthur a realizar também.” Explica Daniele.
Ela também conta, que os amigos inseparáveis faziam Rugby, no Programa Atleta do Futuro do SESI, mas a conexão com a dança acabou tornando-se a grande paixão de ambos.
Paixão pela dança, também foi passada de mãe para filho por Cristiane para Arthur, que relata ter sido professora de dança por 13 anos, o que fez despertar o interesse do pequeno por este universo, mas a mamãe deixa bem claro: ele escolheu dançar por vontade própria!
“Essa vontade de dançar já vem de antigamente, meus pais se conheceram em um concurso de samba, não tinha como eu não gostar de dança!” Explica Arthur.
Arthur também conta que recebe o apoio incondicional de sua família, e sua mãe sempre o orientou a primeiro tentar, antes de pensar em desistir. Quando questionado se já pensou ou pesa em desistir das aulas de dança, ele é bem enfático “NÃO!”. A mesma resposta vem de Abel, que garante adorar o que faz e irá dançar pelo tempo que puder.
De acordo com Beatriz Rodrigues, a professora de Ballet e Jazz do SESI Votorantim, ter os meninos em sala de aula tornou tudo uma experiência muito interessante, pois eles agregam no conteúdo e permitem estudo de novos movimentos. Experiência nova, até mesmo para ela, conforme explica. “O maior desafio foi logo no início, pois tive que estudar a movimentação masculina dentro do Ballet, pois até então eu só havia trabalhado com turmas 100% femininas!”.
Beatriz, não poupa elogios ao relatar como é a rotina de aulas com os dois garotos:
“”Eles são muito animados e cheios de energia em sala de aula, mas quando precisam se dedicar a decorar uma sequência, são muito dedicados e comprometidos. Para as meninas não tive nenhum momento de estranheza, sempre tudo fluiu naturalmente, meninos e meninas dançando e brincando juntos, pois é o que mais importa quando somos crianças.”.
O ballet é um exercício de altíssima dificuldade e exige do praticante a realização de movimentos complexos, de muita, mas muita força, que segundo Arthur é uma grande vantagem para as aulas de Educação Física.
“O meu professor fala muito de dança durante as aulas, e como eu já sei, muitas vezes ele me pede ajuda com os passos que eu aprendi.” Conta o aluno orgulhoso.
Sobre a parceria de sucesso de Arthur e Abel, os meninos contam que se ajudam muito durante as aulas, um repassando para o outro por meio de gestos os próximos movimentos da coreografia, caso algum deles esqueça.
A professora de ballet, Beatriz, também frisa o apoio com a escolha dos meninos. “Não permita que o preconceito dos outros interfira no seu sonho, a dança é para todos, seja no Ballet, no Jazz, ou em qualquer outra modalidade, a dança não tem gênero. Se isso te faz feliz, dance!”.
Quando questionado sobre a importância da dança em sua vida, Abel é bem didático: “A dança e a música sempre alegram as pessoas e faz com que elas sorriam e isso me deixa muito feliz!”.